Sessão de poesia dedicada a Zbigniew Herbert no anfiteatro 2 da FLUL no dia 21.6.'11. Leram-se poemas de Herbert em polaco e português. Houve cantorias eslavas, bolinhos polacos e vinho. Houve também muita alegria e boa disposição. A Ítaca esteve representada por Izabela Stapor, José Pedro Moreira e Tatiana Faia, que falaram sobre a tradução de alguns poemas de Herbert publicados no n. 3 da revista. A organização esteve a cargo do Centro de Estudos Eslavos e da Embaixada da República da Polónia.
..........................Quando saíres a caminho da ida para Ítaca, / faz votos para que seja longo o caminho
....................................................Konstandinos Kavafis, «Ítaca»
quarta-feira, 22 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Na próxima terça-feira
Os editores da Ítaca lá estarão para falar das traduções de Zbigniew Herbert publicadas no último número da revista mas sobretudo pelos bolinhos e vinho polacos que serão servido.
sábado, 18 de junho de 2011
Ecce Ítaca
Cá ficam algumas imagens do lançamento da Ítaca 3. O happening (por vezes uso o itálico para indicar ironia) teve lugar na livraria Bulhosa de Entrecampos, no dia 17 de Junho. Raptámos o venerando Vasco Graça Moura e só o libertámos depois de ele ter terminado a apresentação.
Obrigado a todos os presentes e aos que tornaram mais um número possível.
Como sempre, as fotografias estão uma treta.
Obrigado a todos os presentes e aos que tornaram mais um número possível.
Como sempre, as fotografias estão uma treta.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Ítaca viaja
sábado, 11 de junho de 2011
Dicionário das Distâncias
Hoje pelas 16.00 será lançado na Livraria Livro do Dia em Torres Vedras o mais recente livro de Paulo Rodrigues Ferreira, Dicionário das Distâncias. Mais informações aqui.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Uma balada para que não pereçamos
Aqueles que navegaram de madrugada
mas nunca mais voltarão
na onda deixaram o seu traço –
no fundo do mar cai então uma concha
bela como lábios petrificados
estes que andavam pelo caminho de areia
mas não chegaram às portadas
embora avistassem já os telhados –
e no sino do ar encontram abrigo
e aqueles que só deixam órfão
um quarto gelado alguns livros
um tinteiro vazio uma folha branca –
na verdade não morreram inteiramente
por bosques de papel de parede avança o seu sussurro
no tecto mora uma cabeça plana
de ar água cal terra
fizeram o seu paraíso o seu anjo de vento
irá com a mão fazer pó dos seus corpos
vão
dispersar-se pelos prados deste mundo
mas nunca mais voltarão
na onda deixaram o seu traço –
no fundo do mar cai então uma concha
bela como lábios petrificados
estes que andavam pelo caminho de areia
mas não chegaram às portadas
embora avistassem já os telhados –
e no sino do ar encontram abrigo
e aqueles que só deixam órfão
um quarto gelado alguns livros
um tinteiro vazio uma folha branca –
na verdade não morreram inteiramente
por bosques de papel de parede avança o seu sussurro
no tecto mora uma cabeça plana
de ar água cal terra
fizeram o seu paraíso o seu anjo de vento
irá com a mão fazer pó dos seus corpos
vão
dispersar-se pelos prados deste mundo
Zbigniew Herbert, Ítaca 3, traduzido do polaco por Izabela Stapor, J. P. Moreira e Tatiana Faia